sexta-feira, 25 de julho de 2014

Uma Surpresa... Continuação

(Imagem retirada da Internet)


Eu sou a Nichele e gostaria de compartilhar algo pessoal com você, uma confidência. 

Sabe por quê?

Eu quero compartilhar algo pessoal com você, como se fosse uma confidência. Esta foi uma forma que encontrei para falar sobre situações, momentos, sentimentos e emoções que são importantes para mim.

Tudo bem para você? 

Uma Surpresa no meu Aniversário... Continuação 

Recebi vários e-mails desde a mensagem que confidenciei. Por este motivo retorno ao assunto. Não poderia deixar passar tantas informações e trocas, que valorizo demasiadamente. 

Algumas pessoas preferiram não comentar no Blog por desconhecimento da tecnologia. Outras porque preferem a “intimidade” da correspondência. Eu acolho e respeito qualquer que seja a forma de expressão.

Para mim o mais importante é compartilhar

Também recebi e-mail e, até telefonema, conversas na rua de pessoas querendo saber o desfecho do episódio ocorrido no meu aniversário.

Pois bem, veja meu relato!

Eu já passei no prédio onde a senhorinha mora quatros vezes e ela ainda não voltou da viagem. Esta é a informação que o porteiro me passa. Ele já me conhece, mas ainda continua intrigado porque eu não sei o nome dela, somente sei o número do apartamento. E, como eu falei que era amiga, na segunda vez que passei por lá, ele queria saber o nome da pessoa que eu estava procurando.

Parece um jogo de "gato e rato"! Então, falei que num outro dia eu a ajudei com as compras do supermercado e, gostaria de vê-la novamente. Mas, ele não abriu espaço. Tive que conter minha ansiedade.

Eu não desisti!

Mas isso foi bem bacana porque eu provoquei algumas pessoas que passaram por algo semelhante. Cada uma com seus motivos particulares, mantiveram silêncio. Acho legal este processo que se desencadeia como se fosse "efeito dominó" ou “nada acontece por acaso”

Recebi comentários de situações que podem ser denominadas Sincronicidade ou Singularidade Existencial como: receber um telefonema de alguém no exato momento em que pensava naquela pessoa. Ganhar um livro com uma mensagem direcionada. Assistir um filme que retratava uma situação em que se encontrava. Ganhar flores de um desconhecido na rua, no dia em que foi buscar o resultado de um teste de gravidez. Ser levada a um lar de crianças excepcionais num programa de voluntariado e, engravidando logo em seguida. Quando o bebê nasceu tinha Síndrome de Down.  

Uma senhora diz ter recebido pelo correio um convite direcionado a ela para uma festa de aniversário onde não conhecia absolutamente ninguém. Ficou curiosa e convidou sua prima para irem até lá. Quando chegaram se sentiram completamente deslocadas porque era uma festa de gala e não estavam vestidas adequadamente. Na saída, ela bateu de frente com o homem da sua vida, hoje pai dos seus filhos. Ela diz acreditar no destino.

Mas, o relato que me chamou mais atenção foi o de Dona Antonina, que me autorizou colocar no Blog:

Ela diz: “Fiquei emocionada com o teu relato. Assim tomei coragem para falar de algo muito marcante que aconteceu comigo e meu neto Gabriel, que na época tinha cinco anos, hoje está com treze. Eu cuidava dele enquanto minha filha trabalhava e, todos os dias eu o levava na pracinha para brincar.

Naquele dia, depois de jogar bola ele quis brincar na caixa de areia porque lá tinha outras crianças. Eu o deixei ficar lá brincando e fui sentar num banco bem próximo, assim podia ficar na sombra e de olho nele. Observei as mães sentadas em outro banco um pouquinho mais distante, conversando.

Neste instante, um cachorrinho, tipo linguicinha, começou a pular na minha frente, ficando de pé e rodopiando de um lado para o outro. O que me chamou a atenção é porque ele latia como se estivesse feliz por ter visto alguém que conhecia. Estava na minha frente, mas não era comigo. Eu até chamei ele, mas, não me ouvia. Isso durou acho que uns bons minutos. Eu olhei em volta para achar o dono, mas não vi ninguém por perto.

Ele pulava e latia e, o impressionante era que não colocava as patinhas da frente no chão. Aquilo já estava me arrepiando porque para mim era obvio que tinha alguém brincando com o cachorrinho. Não fazia sentido à cena. Eu não conseguia entender como era possível tal coisa.

Aquela situação me fascinou e apavorou ao mesmo tempo. Eu não sei dizer como, mas naquele instante sai do quase transe e levantei correndo ao encontro do meu neto porque me pareceu que eu estava longe há muito tempo. Era como se ele estivesse me chamando urgentemente. Peguei o Gabriel e rapidamente fomos para o outro lado da pracinha. Uma coisa assim, sem pé nem cabeça, como diz o ditado. Eu ia limpar a areia da roupa dele para voltarmos para casa, quando ouvi uma gritaria. Olhei para trás e vi um enorme galho da árvore que ficava em frente à caixa de areia despencado no chão. Peguei o Gabriel pela mão e sai correndo em direção à caixa de areia porque sabia que tinha crianças lá.

No meio da pracinha, vi um menino saindo do outro lado. Minhas pernas amoleceram e tudo ficou escuro. Eu desmaiei.  Ouvia o meu neto chorando e me chamando, também sentia algo quentinho no meu rosto. Abri os olhos e lá estava o cachorrinho, que salvou a vida do meu neto.

Eu não sei dizer o que foi aquilo, mas eu tenho certeza absoluta que alguém ou um anjo, ficou brincando com o cachorrinho na minha frente para chamar minha atenção, me avisar do que ia acontecer. O galho enorme caiu exatamente no lugar onde meu neto estava brincando. 

Depois, mais calma soube pelas mães que duas crianças já tinham saído antes do meu neto e, a terceira foi a que eu vi saindo... Foi um milagre! Eu estava hipnotizada pelo cachorrinho e não as vi saindo e quando peguei o Gabriel parecia completamente cega... 

Não sei se isto tem uma explicação, mas eu prefiro acreditar que foi o anjo do Gabriel que o salvou porque o galho caiu exatamente no lugar onde ele estava brincando...! Fiquei durante algum tempo muito impressionada com isto, mas depois a sensação foi se diluindo e tudo o que eu lembrava era o cachorrinho rodopiando. Esta lembrança me dava paz, muito estranho porque poderia ter sido uma tragédia. Eu poderia ter ficado com um sentimento de culpa, mas não foi isso que aconteceu. 

Eu só contei para minha filha muito tempo depois e ela ficou muito impressionada. O meu neto, não se lembra de nada, graças a Deus. Foi melhor assim, porque continuamos indo na mesma pracinha. Nunca mais vi o cachorrinho.

Eu entendo o que se passou contigo, talvez você não vá ver mais esta senhorinha. Será que ela não é um anjo enviado por Deus? Foi bem no dia do teu aniversário, então foi por algum motivo e, um dia você saberá ou terá um entendimento”.

Muito legal o depoimento de dona Antonina! 

Somente quem vive pode mensurar o significado, o valor e o aprendizado para a vida. Eu acredito que de alguma forma, TODOS, em algum momento já vivenciamos algum episódio que nos causasse perplexidade, espanto, dúvida, etc. 

Eu penso que, falar da Singularidade Existencial, Sincronicidade ou outra designação que se queira dar, nem sempre é fácil. Mas, quando contextualizadas ganham sentido. O Antecedente e o consequente pode dar sustentação para o conteúdo vivenciado. 

Para o físico norte americano David Bohm, ao analisar o modo de pensar predominante das pessoas, verifica que temos grandes dificuldades para fazer conexões, imaginar outros contextos e buscar relações, extrapolar os limites do tempo e do espaço presente. 

Talvez seja simples assim, ampliar o modo de pensar, de ver, ouvir e sentir para dar abertura a outras possibilidades.

O que você acha?

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento". (Clarice Lispector) 


“O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano.”    (Sir Isaac Newton)


Desculpe-me não sei ser concisa ou sou prolixa! Tudo aqui é a minha verdade. 



Você já passou por algo semelhante?
Gostaria de compartilhar.
Eu me importo

Deixe seu comentário!


6 comentários:

  1. Alguém já te falou sobre a "voz do silêncio", pois é ela existe e todos nós já escutamos só que quando nos damos por conta dizemos foi coincidência. Mas sorte, azar, coincidência não existem, são nomes que damos para aquilo que não compreendemos...O pouco que entendo sobre isso, acredito que nunca mais encontrarás aquela Senhora. Deus coloca em nossas vidas "anjos" para nos lembrar que ELE existe e que nunca estamos desamparados. Quando nos encontrarmos novamente vamos comentar sobre isto. Um abraço

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  2. Nichele, este é o relato das minhas experiências ditas inexplicáveis que compartilho. Espero que possam contribuir de alguma forma.

    1. Estava com meu marido num camping de uma praia gaúcha quando,em determinada noite,tive a sensação de que uma tragédia estava por acontecer com alguém muito próximo.Não sabia o que nem com quem aconteceria.Alguns dias depois,de volta a Porto Alegre,fiquei na escola onde trabalhava,para uma reunião de início de ano letivo,enquanto ele ia em casa descarregar nossas bagagens.Ao voltar para me buscar,mostrou-me um jornal onde estava estampada a notícia do assassinato de um amigo que tinha sido testemunha do nosso casamento.Ele fora morto com um tiro na garganta,no dia seguinte àquele em que eu tivera a sensação de tragédia iminente.

    2. Tendo ido visitar meu irmão numa noite de domingo,participávamos,com a família dele,do Culto do Evangelho do Lar,que eles realizam semanalmente,seguindo orientação da doutrina espírita. Ao iniciar o culto,o Evangelho foi aberto "aleatoriamente",e minha cunhada começou a falar sobre o trecho em questão.Eu,que estava até o momento muito tranquila,comecei a chorar convulsivamente,sem razão ou sentimento aparentes.As lágrimas saltavam e eu soluçava incontrolavelmente.No momento em que ela encerrou a fala,meu choro estancou abruptamente,e os soluços sumiram.Pedi desculpas pela minha reação,que eu mesma não conseguia explicar.Ela disse que provavelmente um espírito desencarnado estivera ao meu lado e fora sensibilizado pelas suas palavras,manifestando-se através de mim.Três dias depois,minha irmã tentou suicidar-se.Ela devia estar dormindo no momento da realização do culto.Seria o espírito dela pedindo socorro? Não sei,nunca soube...

    3.Certa noite sonhei que minha mãe,já falecida na época, entrara em meu apartamento,onde ela nunca estivera,e se dirigira para a área de serviço.Eu cheguei na porta da cozinha e lhe disse:mãezinha,posso te dar uma abraço? Ela me olhou com expressão severa,estendeu a mão e disse:para! Eu me virei chorando,magoada com a inexplicável reação,e voltei para a cama.Ainda chorava quando acordei.No dia seguinte,estava lavando algumas peças de louça quando o armário aéreo que fica ao lado da porta da cozinha,às minhas costas, e que se encontrava cheio de utensílios, caiu sobre mim. Por sorte,ouvi o ruído dele se desprendendo e pude me desviar a tempo. Lembrei do sonho,e o interpretei como um aviso.Que outra explicação teria para a rejeição de minha mãe?

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  3. Obrigada querida Rosa Maria por compartilhar momentos "íntimos" neste espaço. Você tem uma sensibilidade extraordinária! Continue sendo esta pessoa maravilhosa.
    Um beijo no coração

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